segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Mais Importante Personagem da Bíblia.

Deus: O mais importante personagem da Bíblia.

A Bíblia inicia sua narrativa com a seguinte frase:"No princípio criou Deus os céus e a terra..."
Nota-se portanto nessa frase que a causa primeira da Bíblia Sagrada é o próprio Deus, ao mesmo tempo autor e personagem da Escritura Sagrada. Sobre Ele, vejamos o que disse o grande teólogo Lewis Sperry Chafer:
  Como em qualquer composição usual a personalidade do autor é tomada como certa, assim um conhecimento de Deus é assegurado por indução de todas as sugestões passageiras a respeito do escritor a serem encontradas no Texto Sagrado que Ele escreveu.
    Muitos esforços têm sido feitos para definir Deus, mas talvez nenhum mais satisfatório do que o feito pelo Catecismo Maior de Westiminter, que diz: "Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo-suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade".
    Uma análise desse tema total, tão boa quanto poderia ser em qualquer parte, estaria assegurada se cada um dos termos descritivos na afirmação deste catecismo fosse tratado individualmente.
    A Doutrina de Deus no Antigo Testamento é apresentada em três nomes principais que ele tem. Eles são:
1. El, que significa força e seus dois cognatos; Elah, que significa um Deus que guarda o pacto; e Elohim, um nome plural que é usado frequentemente como se fosse uma forma gramatical singular. Parece evidente que a doutrina da Trindade está prefigurada neste nome plural. A única passagem - Deuteronômio 6.4 - é muitíssimo reveladora e poderia ser traduzida assim: "Jeová [uma forma singular] nosso Elohim [forma plural] é o único Jeová". A palavra único aqui pode significar uma integração de partes constituintes, por exemplo, quando é dito: "...e houve tarde e manhã... um dia" , "E eles [dois] serão uma só carne" (Gn 1.5; 2.24).
   Muitos estudiosos atuais asseveram que a forma plural de Elohim não sugere a Trindade. Oehler, um deles assevera que ele é um caso do plural majestático - alguma espécie de tentativa de multiplicar a força do nome. Contudo, ele não fornece razão suficiente, nem os outros tiveram sucesso em provar que o pensamento trinitário não está presente. Parece então ser uma forma de incredulidade. O Antigo testamento certamente não tem falta de ênfase sobre a majestade de Deus.
  2. JEOVÁ. O significado deste termo é 'o auto-existente'. Como um título elevado, ele foi tão sagrado para os judeus que o uso dele foi evitado pelas pessoas por muita gerações. As implicações de Deus vistas neste nome são longamente tratadas por T. Rees em seu artigo "Deus", escrito para a International Standard Bible Enciclopaedia:
                    A característica mais distintiva de Jeová, que finalmente O tornou absolutamente singular e também a Sua religião, foi o fator moral. Dizer que Jeová era um Deus moral, era dizer que Ele agia por livre escolha, de conformidade com os fins que Ele estabeleceu para si mesmo, e que Ele também impôs sobre Seus adoradores como lei de conduta para eles.
                   A condição mais essencial de uma natureza moral é encontrada em sua personalidade vívida, que todo estágio de Sua auto-revelação brilha com uma intensidade que poderia ser chamada agressiva. A personalidade e a espiritualidade divinas nunca são expressamente asseveradas ou definidas no Antigo Testamento; mas em nenhum lugar na história da religião elas são mais claramente afirmadas. Os modos da expressão delas são, contudo, qualificadas como antropomorfismos, por limitações, por zelo moral e físico de Jeová (Ex 20.5; Dt 5.9; 6.15), Sua ira e indignação (Ex 32.10-12; Dt 7.4) e sua santidade inviolável (Ex 19.21, 22; 1 Sm 6.19; 2 Sm 6.7) parecem ser algumas vezes irracionais e imorais; mas elas são a afirmação de Sua natureza individual, de Sua autoconsciência quando Ele se distingue de tudo o mais, na linguagem moral do tempo, e são as condições dEle ter qualquer qualquer que seja a natureza moral. Igualmente, Ele habita num lugar e se move dele (Jz 5.5); os homens podem vê-lo em forma visível (Ex 24.10; Nm 12.28); Ele é sempre representado como possuidor de órgãos como os do corpo humano, braços, mãos, pés, boca,  olhos e ouvidos. Por meio de tal linguagem figurativa e sensória somente foi possível para um Deus pessoal    fazer-se conhecido aos homens.
  3. Adonai. Nome este que significa Senhor; usado a respeito de Deus e de homens. O Novo Testamento apresenta Deus como  Pai de todos os que crêem e como aquele que deve ser conhecido através de Suas inter-relações pessoais. O nome de Deus no Novo Testamento é novamente uma relação tríplice: Pai, Filho e Espírito Santo. Não apenas um desses três, mas todos são exigidos para apresentar um único Deus.
      Embora Deus exista num tríplice modo de existência, Ele é apresentado no Novo testamento como um Deus, e assim o cristão está debaixo da obrigação de defender a doutrina do único Deus como fazem os unitarianos, os judeus e os maometanos.


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